sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pra hoje.

Talvez você sinta o mesmo... Quando lê os mesmos parágrafos, quando desenterra as mesmas fotografias, quando caminha sobre as mesmas calçadas que tantos já caminharam, com tantos pensamentos diferenciados. Quando deixa a cidade para trás, quando tudo fica melhor, quando fica pior, quando permanece exatamente igual há cinquenta anos atrás. Quando rabisca páginas e páginas vazias, quando queima cartas e fotografias, quando mente, talvez você sinta o mesmo... Quando vive sem saber quem realmente é, quando simetrias perfeitas não fazem sentido, quando análises são descartadas, quando amores se tornam soldados, prontos para guerrear. Quando chora, quando sorri, quando sonha, quando encontra uma mão amiga pelo caminho sem a tal da luz. Quando não espera, quando espera demais, quando perde o brilho, quando ofusca até os olhos lacrimejarem, talvez você sinta o mesmo... Quando parágrafos são deletados, quando animais se tornam companheiros, quando o fogo cria ferida, quando viver machuca, quando amar fortalece, talvez você sinta o mesmo... Quando sonhadores despertam, quando a paz é interrompida, quando medidas são incalculáveis. Quando as portas se fecham, quando o amor acaba, quando o amor recomeça, quando o túnel chega ao fim, quando a estrada te abraça por milhas e milhas. Talvez você sinta o mesmo, quando diz a verdade.