quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sonho Ateu.

Quando éramos mais jovens do que hoje, (talvez não sejamos mais jovens assim, mas o espírito é quem diz a idade de cada um, não os anos)... Bom, quando éramos mais jovens, costumávamos achar que as sensações seriam para sempre e que nunca, nunca, nunca viveríamos coisas como vivemos tais momentos. Mas a verdade é que os anos passam, e com eles, passam também as sensações. A alma estabiliza, o coração amadurece e aprende o que é realmente verdadeiro em poucos passos dados.

Como aquela música desconhecida: “Nada do que foi será do jeito que já foi um dia”. Os olhares de anos atrás eram diferentes, as conversas tinham assuntos diferentes. Talvez, mais leves mais alegres ou, quem sabe, mais tristes. Os abraços talvez eram dados com mais frequência, mas sem a intensidade que o ato exige. Até os beijos de anos atrás tinham um gosto diferente. Um gosto vazio, onde não se cogitava um futuro em um beijo apenas.

E de repente, os anos batem seus calcanhares e correm o mais rápido que podem, e os olhares se encontram e se completam, se enxergam. As conversas decidem planos, reconciliações e momentos finais. Os abraços... Bom, os abraços são eternizados. Afinal, é o momento em que dois corpos se tornam um e ganham mais um coração para cuidar. Os beijos se tornam presentes importantes e tendem a prosseguir.

Bem, é assim que deveria ser.