Ela fez do mar, canção para a mente. Permitiu-se voltar a pensar em momentos passados, que tanto bem fez um dia e que agora, não fazem mais parte de um hoje, mas de um hoje tão distante. Fez dos pés, pequenos barcos de papel, e permitiu que todas as indagações trilhassem seus próprios caminhos. Quis construir castelos na areia para que neles pudesse morar, quis se alimentar do vento e de toda a vida que descobriu dentro de si. Ainda vive, e dentro do peito ainda carrega o que o vento não se comprometeu em levar embora, para bem longe dela. Respirava tão fundo, que os pulmões mal podiam suportar o total preenchimento. E não queria perder nada, absolutamente nada. Não há nada que abalasse a fé que ganhou por um instante, uma fé que sequer conhecia sua existência. Então, seguiu. Seguiu com o coração pulsando tão intensamente que era como se ficasse dormente. E com os olhos marejados de lágrimas, seguiu com um sorriso leve no rosto...
Into The Wild