sábado, 25 de abril de 2009

Por não se importar.

Nos momentos finais, carregamos o que deixamos perdidos no começo da estrada, onde deixamos as roupas jogadas, a dúvida trancada na gaveta e o olhar absurdamente desprendido. É quando nos pegamos lendo textos sem fundamentos, assistindo a programas nos quais te fazem nem estar ali (...) Ouvindo discursos nos quais você nem se interessa, mas não sabe porque não joga pro alto e foge correndo o mais rápido possível, para que fiquem tudo exatamente bem atrás. Não sendo alcançados nunca mais. Todos esses dias, improváveis. Alguém está dormindo na cama que você costumava dormir, e você nem consegue enxergar se esta pessoa pode ser você no hoje, você no ontem, ou você em qualquer lugar ou momento da sua vida. Você tem muitas coisas para fazer, livros para ler, provas a responder e presenças a confirmar. E no que tem pensado nos últimos dias?
“- Penso apenas em fugir, apenas fugir...”