sexta-feira, 13 de março de 2009

Ausência.

Suas mãos ainda estão queimando, e é sinal de apenas uma noite a mais, se não ousarmos dizer quais são as distâncias que ainda teremos que decidir quebrar, quais muros decidir pular ou derrubar. Os anos estão correndo, solitários, sem promessas e esperas. Você diz que está tudo bem, e eu não sou capaz de entender. As vozes... elas ainda estão aqui, enquanto tememos a noite, ela cai, trazendo junto a ela solidão e inspiração regadas à melancolia... É quando tomamos conhecimento de que precisamos encontrar um lar, qualquer moradia acolhedora, seja o que for, quando for. Páginas antes em branco, agora, regadas a preto e vermelho intenso se espalham pelo chão do quarto enquanto seus olhos ainda se mantêm fechados... enquanto continuo esperando por tudo que ameaçou ser e não chegou a ser.